Contrato de coleta de lixo em Guarapari dispara de R$ 867 mil para R$ 2 milhões por mês sem licitação
Ubirajara Ribeiro, diretor-presidente da Codeg.
Aumento de mais de 130% levanta suspeitas de superfaturamento em contrato firmado pela gestão de Rodrigo Borges
Uma investigação do Vox Notícias revelou indícios de um possível superfaturamento superior a 130% no contrato de coleta de lixo em Guarapari, firmado sem licitação pela gestão do prefeito Rodrigo Borges.
A empresa Limpe Ambiental, apontada como possível laranja da Fortaleza Ambiental — investigada na Operação Rubi do Gaeco do Ministério Público Estadual (voxnoticia.com.br/Publicacao.aspx?id=594103) —, assinou um contrato de R$ 24.261.702,00 por 12 meses, o que resulta em um custo mensal de aproximadamente R$ 2,02 milhões.
Em comparação, o contrato anterior, firmado na gestão passada com a empresa Localix Serviços Ambientais, teve valor de R$ 5.206.194,10 por seis meses, entre 7 de novembro de 2024 e 7 de maio de 2025, período que inclui a alta temporada de verão, quando a cidade recebe cerca de 1 milhão de turistas e a demanda por coleta de lixo é significativamente maior. Esse contrato representava um custo mensal de R$ 867.699,00 — menos da metade do valor atual.
O aumento expressivo no contrato com a Limpe Ambiental, mesmo fora da temporada de verão, quando a coleta de lixo é consideravelmente reduzida, aponta para um possível superfaturamento de mais de R$ 1,15 milhão por mês. A ausência de processo licitatório reforça as suspeitas de irregularidades.
O prefeito Rodrigo Borges precisa prestar esclarecimentos à população e aos órgãos de fiscalização, como o Ministério Público e o Tribunal de Contas. Caso o contrato não tenha sido autorizado diretamente por ele, cabe ao prefeito cobrar responsabilidades do diretor-presidente da Codeg (Companhia de Desenvolvimento Urbano de Guarapari), que assinou o contrato emergencial de 12 meses.
A sociedade de Guarapari exige transparência para evitar que a cidade se transforme numa Presidente Kennedy 2.0.